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Brexit é uma abreviação para British Exit. Esse é o termo utilizado quando se fala sobre a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

Em 2016 foi realizado um plebiscito, e os eleitores decidiram que o Reino Unido deveria sair da União Europeia (UE), então em março de 2017, esta decisão foi notificada ao bloco, e conforme o tratado, o desmembramento deveria ocorrer até 2 anos depois do comunicado. Dois anos se passaram e a separação não aconteceu.

Neste interim, foi eleito o Primeiro Ministro Boris Johnson, o qual prometeu em sua campanha, que o Reino Unido realmente sairia da União Europeia dentro do prazo, ou seja, até 31 de outubro de 2019. Novamente a separação não ocorreu e a UE estendeu o prazo até 31 de janeiro de 2020.

Conforme já comentado, há mais de dois anos, e informações detalhadas por especialistas, o Brexit pode trazer excelentes oportunidades comerciais para o Brasil. Hoje existem 77 acordos bilaterais firmados entre o Brasil e o Reino Unido. Isso confirma que a relação entre Brasil e o Reino Unido é duradoura e está consolidada.

Os Investimentos brasileiros no Reino Unido vêm crescendo exponencialmente desde 2016; cerca de 1.700 empresas brasileiras investem em solo britânico, e o Reino Unido, por sua vez, ocupa a oitava posição entre os maiores países investidores no Brasil. Com a concretização do Brexit, mais oportunidades irão surgir, fortalecendo ainda mais o comércio bilateral.

Atualmente, o Reino Unido é apenas o 17º destino mundial das exportações brasileiras, mas isso não deve ficar assim por muito tempo. Saindo do Bloco Europeu, os britânicos poderão e precisarão diversificar suas relações. Em 2018 foi registrado um crescimento de 4,7% no comércio entre os dois países. Isso sinaliza que algum movimento positivo já começou a acontecer. O setor do Agronegócio seria o setor com maior possibilidade de se beneficiar, visto que os britânicos são menos protecionistas e mais receptivos aos produtos agrícolas do que os outros países do bloco. O revés desse negócio entre Brasil – Reino Unido seria sofrer alguma retaliação da UE visto que a saída do Reino Unido do bloco econômico tem criado um mal-estar entre os países europeus. Porém, o mercado não aponta com 100% de segurança o Brexit como um fato consolidado e irreversível.

 

Por: Débora Costa Rigo.

O Acordo de Livre Comércio (ALC) entre o Mercosul e a República Árabe do Egito entrou em vigor em 01/09/2017, e após 2 anos do início de sua vigência, o comércio entre o Mercosul e o Egito ainda está muito abaixo das expectativas.

Segundo o diretor geral de Acordos de Comércio Bilaterais do Ministério do Comércio e Indústria do Egito, Michael Gamal Kaddes, o volume comercial se manteve nos mesmos patamares e concentrado nos mesmos produtos: minérios, cereais, carnes, açúcar e artigos de ferro e aço.

No ano de 2018, as exportações Brasileiras para o Egito caíram 13% em US$, ficando no patamar de US$ 2,1 bilhões, e o comércio do Mercosul com o Egito, também apresentou queda. As exportações do Mercosul para o Egito caíram 23% em 2018, chegando a US$ 2,9 bilhões.

A sugestão de Kaddes é que sejam explorados novos setores como máquinas, produtos agrícolas processados, couros e produtos têxteis e de vestuário. As Missões Comerciais, Jornadas de Promoção Comercial e Fóruns Econômicos ajudam a promover os produtos e divulgar o Acordo de Livre Comercio entre as partes interessadas e assim fortalecer os negócios entre os países do bloco.

Regras de desgravação tarifária do Imposto de Importação do Acordo de Livre Comércio (ALC) entre o Mercosul e a República Árabe do Egito:

Categoria A – desgravação imediata (1º de setembro de 2017);
Categoria B – desgravação em 4 etapas iguais, sendo a primeira etapa na data da entrada em vigor do acordo e as outras 3 etapas seguintes em intervalos de 12 meses;
Categoria C – desgravação em 8 etapas iguais;
Categoria D – desgravação em 10 etapas iguais;
Categoria E – produto excluído dos efeitos do acordo. Nesses casos, as tarifas aduaneiras são as mesmas vigentes anteriores ao acordo, e poderão ser eliminadas conforme vier a determinar o Comitê Conjunto.

(Fonte: MDIC)

Exemplificação da desgravação da Alíquota de Importação:

Para mais informações e confirmação da lista de produtos e categoria e desgravação tarifária em que se enquadra o seu produto, entre em contato com a Efficienza.

Por Débora Costa Rigo.

A Expointer é a maior feira de exposições de animais na América Latina. A Feira, que ocorre no estado do Rio Grande do Sul no final do mês de agosto, reúne exposição de animais, fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, divulgação e comercialização de produtos da agricultura familiar, venda de artesanato gaúcho, além de fóruns, seminários, debates, cursos e palestras com temas voltados ao agronegócio. Este ano (2019) foram apresentadas mais de 150 raças de animais e em torno de 420 mil pessoas visitaram a feira, tendo 50 mil pessoas a mais que o ano de 2018, sendo que uma boa parcela de visitantes foi de estrangeiros.

As vendas da Expointer chegaram a R$ 2,7 bilhões, melhor resultado desde 2014. A feira fechou seus nove dias com alta nominal de 17,37% nos negócios e o Banrisul registrou crescimento de 251% em financiamentos de máquinas e equipamentos agrícolas.

O governador do RS, Eduardo Leite, comentou: “a economia do Rio Grande do Sul expressa na Expointer toda a sua força e vibração. Tudo isso nos dá confiança sobre a retomada da economia, sobre o que vamos colher ali na frente”.

O acordo entre Brasil e China para a exportação de produtos lácteos brasileiros (Leite e derivados), e a entrada em vigor das Instruções Normativas do Leite (INs 76 e 77), implementadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foram temas abordados nos debates sobre o agronegócio na Expointer. Produtores, indústrias e o governo ainda tem muito a fazer para os produtos brasileiros chegarem no mercado chinês de forma competitiva. As Instruções Normativas do Leite têm como objetivo melhorar a qualidade e a competitividade destes produtos. O acordo existia desde 2007, mas não havia nenhuma indústria brasileira habilitada pela China. Somente agora foram habilitados 24 estabelecimentos brasileiros, sendo seis no Rio Grande do Sul, para exportação de produtos como leite em pó, queijos e leite condensado.

Conforme dados fornecidos pelo MAPA, os chineses são os maiores importadores de produtos lácteos do mundo. Compram 800 mil toneladas de produto por ano. Em 2018, eles importaram 108 mil toneladas em queijos, apresentando um crescimento anual de 13% nos últimos cinco anos, fato que ocorre devido à expansão populacional.

Anualmente, o Brasil produz uma média de 600 mil toneladas de leite em pó. No ano de 2018, o setor lácteo brasileiro exportou para mais de 50 países, e tem previsão de faturar em 2019, US$ 4,5 milhões em produtos lácteos, como queijo e leite em pó, conforme projeção da Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios.

Os números positivos da Expointer dão sinais muito promissores para o mercado brasileiro, não apenas para o agronegócio, mas também para os demais setores da economia. Esforços do governo em estabelecer acordos bilaterais, fortalecem a indústria brasileira e auxiliam o país a sair da incômoda posição de grande importador, para se tornar um grande player no mercado internacional.

Por Débora Costa Rigo.

Será que um porto no litoral Sul do Brasil traria mais competitividade às indústrias da região, principalmente da Serra Gaúcha?

O Terminal de Uso Privado (TUP) no Litoral Norte vem sendo pensado com a finalidade de escoar a produção da região do Planalto, fronteira Norte e também da Serra Gaúcha. Seria utilizado para as operações de importação, exportação e para cabotagem. A estrutura seria construída com recursos privados e reduziria o custo de frete para quem está longe dos outros portos. Hoje, já existe uma infraestrutura de estradas e rodovias que seriam utilizadas para o transporte dessas regiões até o TUP. No entanto, além de estarem em péssimo estado de conservação, a dúvida é se teriam condições de absorver o volume extra de trafego de cargas.

É notório que os últimos portos construídos trouxeram o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que foram instalados, mesmo assim há uma grande polêmica e divisão de opiniões a respeito. Alguns acreditam que investir na atual estrutura do Porto de Rio Grande seria o melhor caminho para aumentar a competitividade para as indústrias. Além disso, os portos de Imbituba (SC) e Itajaí (SC), apresentam uma infraestrutura melhor do que o porto de Rio Grande, sendo que Itajaí está se consolidado como principal porto de cargas refrigeradas do País. O TUP estaria concorrendo com estes outros 3 portos da região Sul.

Outro fator extremamente relevante neste projeto é ter a certeza de que as principais empresas de navegação que operam na costa brasileira teriam interesse em fazer escalas comerciais no porto de TUP. A exemplo do aeroporto de Torres, que quando foi concebido tinha como objetivo abrir o mercado nacional de turismo para as praias gaúchas, e não foi o que de fato aconteceu.

O movimento MobiCaxias (Mobilização por Caxias), que foi formalmente constituído em março de 2019, como uma associação civil sem fins econômicos, já está trabalhando no planejamento de ações previstas no projeto Caxias 2040. Uma destas ações refere-se ao transporte. Representantes do MobiCaxias, em 25 de março de 2019, apresentaram o projeto do TUP ao Governador Eduardo Leite, o qual já se comprometeu em contribuir com o projeto no que se refere às tramitações, licenciamentos e burocracia.

Ficamos no aguardo do avanço deste projeto e que o desfecho favoreça o nosso estado e nossa região.

Por Débora Costa Rigo .