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Com frequência discutimos a importância da gestão do transporte internacional na cadeia de suprimentos das empresas, e nota-se que não há um senso comum sobre a relevância da gestão responsável do processo logístico.

Em diversas oportunidades, em reuniões, palestras e conversas informais, percebe-se que o envolvimento da gestão do transporte internacional muda de acordo com o ponto de vista da operação: Exportação e Importação.

Sendo bem prático:

Exportadores costumam não demonstrar interesse em se envolver na gestão, e com frequência argumentam que negociam nos termos EXW ou FOB, assim não precisam se responsabilizar pelo serviço logístico. Uma atuação passiva na gestão logística.

Importadores: necessitam gerenciar essa cadeia logística, muitas vezes negociando EXW ou FOB as suas importações, compram EXW/FOB assim tem maior controle sobre datas, serviço e tarifas. Atuação ativa na gestão logística.

A intenção, através da exemplificação destes pontos de vista distintos, é de provocar a reflexão um pouco mais profunda sobre este assunto e o impacto dessa decisão sobre a definição do termo de compra ou venda.

O que eu acredito é que o EXPORTADOR BRASILEIRO deveria sim exercer papel ativo na gestão do serviço que e se responsabilizar por suas operações primordial para distribuição e entrega adequada do seu produto.

Deveria sim, assumir a gestão de seus embarques, mesmo que em responsabilidades menos complexas, por exemplo nos termos …to port / to airport / at place. (CIF, CFR, CIP, CPT, DAP, DAT).

Sendo o exportador passivo, como poderia o importador definir a melhor condição de serviço, atendimento, alocação, tarifas e qualidade do transporte?

Não tendo todo o conhecimento e experiência com as operações no território brasileiro e não inserido no contexto Brasil, seria o importador o mais indicado a tomar as decisões sobre o transporte internacional?

Certamente esse assunto vale a discussão e a análise das equipes comerciais estratégicas e operacionais de comércio exterior de sua empresa pois vai muito além da responsabilidade sobre a gestão do transporte. O assunto também tem interferência direta no posicionamento estratégico da marca, da empresa e do Brasil como país exportador.

Em nossa próxima conversa, vou trazer um pouco da próxima revisão dos Incoterms 2020 e que já estão sendo elaborados pela Câmara Internacional de Comércio (ICC).

Um forte abraço e até a próxima.

Por Tiago Todeschini.

Olá!

Hoje eu gostaria de seguir a linha de raciocínio do meu artigo anterior, onde fiz uma reflexão sobre o preço que se paga para alcançarmos o que sonhamos.

Só hoje eu gostaria de falar sobre a disciplina!

Já se perguntou porque algumas pessoas começam muitas coisas e não terminam? A exemplo: cursos de idiomas, cursos de dança, estudos diversos, graduação, carteira de motorista, dietas, relacionamentos (porque não?”).
Quantos exemplos temos em nossas vidas e de pessoas próximas a nós que abandonaram projetos e sonhos?

A disciplina, neste caso, a falta de, pode ser a grande responsável por cada sonho de vida ou projeto iniciado e não acabado.

Todo (grande) sonho de vida começa pelo pensamento!
O desejo e crença de querer alguma coisa ou algum estado físico ou mental é a centelha, a chave que dispara a motivação. Eu desejo, eu acredito eu quero!
A motivação é a responsável por INICIAR a AÇÃO em direção ao objetivo, é o que tira o indivíduo da inércia.
A partir disso o que mantém o indivíduo em ação é unicamente a disciplina e a determinação!

Disciplina tem a ver com a constância para que o objetivo seja alcançado.
Disciplina é o combustível principal para que cada projeto, sonho ou objetivo não fique preso ao primeiro sinal de contratempo ou dúvida. Toda promessa passa pela prova do tempo, e todo desejo passa pelas provas e testes das incertezas e medos.

Será necessário que você faça coisas que não quer. Isso é constância e disciplina. Não estou falando aqui de fazer coisas que agridam os seus valores, somente de coisas que você não faz porque não gosta, porque está cansado, ou porque simplesmente tem qualquer outro motivo.

Quando você quer muito e deseja com todas as forças alcançar o seu objetivo, quem ou o que poderá pará-lo?
Sim, de antemão afirmo que o caminho não será fácil, mas garanto que é possível!

Nenhuma lágrima ou gota de suor é derramada em vão quando estamos lutando pelo que queremos, pelo que escolhemos para nossas vidas.
NINGUÉM pode te dizer o que VOCÊ PODE FAZER! Não dê ouvidos, não escute e não aceite quem não te apoia.

O verdadeiro poder está nas mãos de quem se arrisca e se joga de corpo e alma naquilo que acredita. Repita pra você mesmo: Eu quero, eu posso e eu vou conseguir! Não é nenhum mantra mágico, mas é poderoso.

Agora, se você não está conseguindo alcançar o seu objetivo, faça os ajustes necessários ou postergue um pouco o prazo para conclusão, não há nenhum problema nisso. Porém, se você por acaso resolver desistir dele, sinto muito em dizer, será porque você nunca quis de verdade!
Deixo também a dica deste vídeo com meu ídolo favorito e os poemas “Roll The Dice” e “The Laughing Heart” de Charles Bukowski.

Por Tiago Todeschini – Sales Executive.

Por um instante, pare tudo o que está fazendo e tente lembrar o que respondia quando lhe faziam a pergunta: “O que você quer ser quando crescer? ”

Permita-se resgatar essas respostas da sua memória, dos seus sonhos mais puros de criança, mas guarde a resposta para uma reflexão ao final do texto.

Quero contar uma história sobre o que eu queria ser quando criança.

Quando era criança, o mundo dos negócios parecia ser um mundo mágico. Executivos de ternos e com pastas, salas e reuniões, almoços e cafés. Recepcionistas educadas e sorridentes. Empresários inteligentes e felizes. Empresas bem-sucedidas e organizadas. Muitas viagens, muitas pessoas, muitas tarefas, muitas metas. Ah, era isso que eu sonhava para mim, era isso que eu queria ser quando crescesse.

Decidi entrar para uma graduação que de alguma forma pudesse me levar até esse tão sonhado mundo. O comércio exterior foi o curso que eu escolhi, o mundo dos negócios estaria logo ali depois daquela esquina e ao meu ver tudo dependia basicamente de mim.

Quando iniciei minha carreira profissional, logo percebi que não seria tão simples e que teria que ralar muito para chegar até esse mundo mágico dos negócios.
E aprendi que nem tudo o que eu quisesse poderia ter sem conhecer as pessoas certas, ter os conhecimentos necessários e as atitudes adequadas.

Estudei, conheci, aprendi, tive atitude, tive medo e passei por poucas e boas, mas perseverei. O sonho era bem maior que o meu medo ou orgulho.

O que ninguém conta é que a partir do momento que tu escolhes o que quer, tudo tem um preço. Ninguém sabe o preço, alguns até imaginam, mas ninguém além de mim mesmo poderia dizer o quanto custaria, o quanto eu pagaria para chegar aonde eu queria.

Hoje eu sei o quanto custou! Quer saber o preço que se paga?

Pagamos na moeda de cotação mais cara: nosso tempo, suor, sacrifício, desconforto físico e mental. Pagamos com as escolhas difíceis entre o que mais amamos no momento e o que sonhamos para uma vida. Pagamos sacrificando ALGUMAS das coisas que mais gostamos!
Não somos nós quem definimos o preço a pagar por cada coisa que queremos. É a vida que precifica. É ela que define o preço e a moeda de troca por cada recompensa.
Nem todos estão prontos para pagar, para abrir mão e por isso nem todos conseguem chegar aonde um dia sonharam estar.

Quando eu era criança, eu sonhava ser um executivo, mas por algum motivo eu não lembrava mais desse sonho. Entre tantas reuniões, salas, empresas e pessoas, eu havia esquecido que um dia eu havia sonhado com tudo aquilo.

Então que em ensolarado dia de visitas, dia perfeito para uma visita importante em um cliente bastante exigente, eu parei ao lado do carro.
Ao lado do carro, me olhando no reflexo do vidro, ajustei meu uniforme, conferi cada detalhe da minha roupa e materiais para reunião e ali, naquele instante eu me dei conta que eu havia me tornado quem eu sempre havia sonhado ser.

Eu achei que havia escolhido o mundo dos negócios, quando, na verdade, os negócios me escolheram! As batalhas e os aprendizados durante o caminho me transformaram em quem eu sonhava ser.

Agora, vem cá! Conseguiu lembrar da resposta para a pergunta?
Então me conta: você é quem sonhou ser?

Tiago Todeschini.

A Efficienza teve a honra de ser convidada a palestrar em workshop de logística internacional no PPE (Programa Primeira Exportação) desenvolvido e apoiado pelo Wines of Brasil na última sexta-feira, 27/10.

O projeto PPE tem o objetivo de desenvolver e promover a primeira exportação de vinhos, sucos, espumantes e outros produtos do segmento vitivinícola. E é através do programa que as 42 empresas associadas a Wines recebem treinamentos e palestras das mais diversas áreas de comercio internacional.

O workshop de logística internacional, com mais de 3 horas de duração, possibilitou aos participantes e colegas de profissão trocarem informações, tirarem dúvidas e principalmente conhecerem a importância da gestão logística inteligente e responsável. Foram apresentados e explanados os principais modais de transporte, suas especificidades e diferenças, os termos internacionais de comércio exterior (Incoterms) e informações pertinentes as negociações de frete internacional e gestão do transporte.

O projeto Wines of Brasil:
Criado em 2002, é mantido por meio de uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Também conta com o apoio de instituições como Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério de Relações Exteriores (MRE) e Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul (SDPI).

Promover a qualidade dos vinhos brasileiros no mercado internacional é a principal missão do projeto Wines of Brasil. Para isso, desenvolve um trabalho que começa dentro das vinícolas, orientando os produtores no caminho que leva à exportação, e resulta em ações de divulgação em diferentes partes do mundo, como a participação em feiras enológicas e o contato direto com agentes do trade e formadores de opinião. Atualmente, presta apoio há 42 empresas do segmento.

Ainda em novembro, será realizado um webinar de logística internacional, totalmente gratuito e online. Fique ligado em nossa newletter e participe de nossos treinamentos. É sempre um prazer enorme estar com vocês.

Grande abraço e até a próxima.

Por Tiago Todeschini.

Gosto de compartilhar com vocês as minhas experiências e conhecimento. Nem é de se admirar que fui professor por alguns anos. Sim, fui English Teacher, uma experiência maravilhosa e enriquecedora.

Bom, mas o que eu me propus a falar não é sobre mim, e sim sobre o embarque de mercadorias perigosas no modal aéreo.

Imagino que alguns de vocês já utilizem o modal aéreo nas suas importações e / ou exportações, mas caso você seja um estudioso ou apenas um interessado em entender um pouco mais sobre, lá vai uma breve explicação sobre a regulamentação do transporte aéreo.

A organização que regulamenta o transporte internacional de cargas neste modal é denominada IATA – International Air Transport Association.
Foi fundada em 1945, em Havana – Cuba, para representar as companhias aéreas em todos os assuntos relacionados a aviação.

Atualmente conta com a participação de 117 países, e um total de 265 companhias aéreas. Existem mais de 400 parceiros estratégicos e 100.000 agentes no mundo.

Mas, voltando para as mercadorias perigosas, ou Dangerous Goods, foi desenvolvida pela IATA uma publicação que regulamenta o transporte destes materiais, e que é chamado de DGR – Dangerous Good Regulations – Regulamento de Cargas Perigosas.

De acordo com esse regulamento, existem 09 tipos de mercadorias perigosas, conforme abaixo:

  • Class 1 Explosives (explosivos)
  • Class 2 Gases (gases)
  • Class 3 Flammable Liquids (líquidos inflamáveis)
  • Class 4 Flammable Solids (sólidos inflamáveis)
  • Class 5 Oxidizing Substances (substâncias oxidantes)
  • Class 6 Toxic and Infectious Substances (substâncias tóxicas e infecciosas)
  • Class 7 Radioactive Material (material radioativo)
  • Class 8 Corrosives (corrosivos)
  • Class 9 Miscellaneous Dangerous Goods (mercadorias variadas e mercadorias perigosas)

Para cada classse existem normas específicas quanto a embalagem, etiquetagem, acomodação na aeronave, tipo de aeronove a ser utilizada para o transporte, bem comotratamentos específicos pré-embarque.

Mais pra frente nós podemos conversar sobre isso novamente, ou tomamos um café também.

Até a próxima!

Por Tiago Todeschini.

Alguma vez o seu embarque aéreo de importação levou mais tempo que o previsto?
Alguma vez o seu embarque aéreo ficou aguardando “mais cargas para consolidar o caminhão” no aeroporto de chegada no Brasil?

Sim né?
Eu sei porque isso acontece.
Vem comigo:

Normalmente, os embarques aéreos de importação entram no Brasil através de conexão no aeroporto de Guarulhos, e, a partir de desse ponto, com DTA rodoviário / via truck, seguem até os aeroportos de destino final, como por exemplo Porto Alegre ou Curitiba.

O trajeto via truck no território nacional ajuda a reduzir a tarifa e valor final do embarque aéreo.

Caracterizado por tarifas menores, esse serviço é oferecido para cargas e embarques com urgência moderada, pois para que essa remoção com DTA possa acontecer, ela precisa passar pela análise e ser concedida pela RFB e também fica sujeita a disponibilidade de outras cargas.

Mas e se….só por um embarque, seu aéreo precisasse ser AÉREO MESMO? Do início ao fim do embarque?!

Em embarques onde o transit time precisa ser menor, sem margem para atrasos, é possível contratar o serviço de remoção com DTA Aérea até o aeroporto de destino final do AWB. Com diversas vantagens e sendo largamente utilizado em épocas de greve da RFB.

Abaixo listo alguns dos benefícios deste serviço de DTA Aérea:

Vantagens DTA aérea:
•    DTA concedida automaticamente, sem necessidade de passar pela analise da RFB em GRU, ou seja, independe da RFB mesmo em caso de greves;
•    Ideal para cargas mínimas pois a diferença é muito pequena entre o serviço rodoviário x aéreo;
•    Redução no tempo de trânsito. Estimado em 02 dias de trânsito no rodoviário + tempo da concessão pela RFB;
•    Tempo de conclusão de transito reduzido pois o serviço rodoviário depende de fiscal da RFB para deslacrar veículo;
•    Menor risco de avarias para cargas mais sensíveis ou de maior valor agregado;

Lembre-se de sempre avaliar e comparar serviços iguais na hora da contratação no modal aéreo.
Em alguns casos, nem sempre a informação das conexões pelas quais a carga vai passar, e se a carga terá remoção aérea ou rodoviária está clara nas cotações de frete.

Fique esperto, seja esperto, avalie, analise.
O bom andamento dos negócios da sua empresa depende do quanto você entende de logística internacional também.

Por Tiago Todeschini.

A primeira publicação dos Incoterms foi no ano de 1936. A sigla para International Commercial Terms tinha o objetivo de padronizar o entendimento e estabelecer regras para interpretação dos termos de comércio mais comuns daquela época.
A publicação mais recente é a dos Incoterms 2010 que entrou em vigor em Janeiro de 2011.

De uma forma bem simples: os termos de uma negociação servem para definir o ponto crítico de transferência da responsabilidade, dos custos e dos riscos envolvidos na entrega de uma mercadoria pelo exportador ao importador.

Pela importância desses termos, grande parte das empresas e profissionais que operam com comércio exterior, tem amplo conhecimento e experiência no uso e no entendimento desses termos.  Eles podem render uma ótima negociação, se bem compreendidos, ou uma bela dor de cabeça se mal escolhidos.
Nos cursos de graduação de Comércio Internacional e Comércio Exterior, os Incoterms são assunto principal em diversas disciplinas e normalmente despertam poucos simpatizantes entre os acadêmicos.
Existem no mercado diversos sites para consulta além de cursos específicos ou até mesmo livros para este tema. Posso sugerir para consulta a página do banco Santander, dedicada a este assunto, que é bem completa e de fácil entendimento. E além disso, sugiro que, caso você ainda tenha alguma dificuldade ou receio no uso dos termos, fique atento aos nossos treinamentos de Importação, Exportação e até mesmo Incoterms.

Lembrando que, se sua empresa necessita de algum treinamento específico ou até mesmo mais aprofundado sobre esse assunto, escreva para treinamento@efficienza.uni5.net e consulte nossa proposta para cursos in company.

Por Tiago Todeschini – Departamento de Logística Internacional