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Em 05 de agosto, os países membros Mercosul, suspenderam a Venezuela do bloco comercial, após os momentos de tensão que este país está vivendo perante a crise política e econômica.

Ramón Goyo, presidente da Avex (Associação Venezuelana de Exportadores) e o Juan Pablo Olalquiaga presidente da confederação venezuelana de indústrias (Conindustria), afirmaram que apesar da Venezuela ser suspendida do bloco comercial regional, não afetará o comércio com os países que fazem parte do Mercosul, dentre eles o Brasil.

A suspensão acontece devido à onda de violência que vem ocorrendo no país venezuelano. Com isso o Mercosul decidiu suspender a Venezuela por ruptura da ordem democrática. Todavia, o país já estava suspenso devido ao não cumprimento das normas de funcionamento do bloco, porém o que ocasionou definitivamente, foi a ruptura da “cláusula democrática”.

Michel Temer, presidente do Brasil, abordou que a Venezuela será recebida “de braços abertos” quando retornar à democracia. A Avex, informa que a Venezuela possui convênios acordados com o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que tratam questões como taxas preferenciais para as trocas comerciais.

A Conindustria também confirma que, os empresários venezuelanos não serão afetados, pois a suspensão, não é relacionada às normas de importação e exportação, mas por questões democráticas. Ramón Goyo, também ressalta que, em 2016, o maior montante de exportações venezuelanas, foram feitas pelo Brasil, onde recebeu 90 % das vendas da Venezuela.

Por Maiara Zanon Possa

A Venezuela foi suspensa do Mercosul por não ter cumprido acordos do protocolo de adesão ao bloco. O governo venezuelano foi comunicado por uma nota oficial da Secretaria Geral do Mercosul na última semana e perderá todos os direitos de participação no bloco.

A suspensão é por tempo indeterminado e, para retornar ao Mercosul, a Venezuela terá de renegociar todo o seu protocolo de adesão, com novos cronogramas e prazos para cumprimento dos acordos, como se fosse uma nova adesão.

Conforme o Ministério das Relações Exteriores do Brasil “com o atual momento político e as dificuldades de negociação, é muito difícil prever quando, se é como a Venezuela pode tentar renegociar”.

Os venezuelanos haviam incorporado cerca de 80% das 1.224 normas técnicas exigidas, e 25% dos tratados necessários. A principal delas é o Acordo de Complementação Econômica 18. O texto prevê, entre outros pontos, a tarifa externa comum e o programa de eliminação de barreiras tarifárias intrabloco. Os venezuelanos alegavam que não precisariam aderir ao ACE 18, porque tinham acordos individuais com cada um dos quatro países.

A suspensão da Venezuela do Mercosul abre espaço para que o ministro das Relações Exteriores, José Serra, busque acelerar os acordos comerciais do bloco econômico e, com isso, aumentar as exportações. Na diplomacia brasileira, a avaliação é que a Venezuela representou um foco de distração para os membros do acordo.

Por Roberta Molon.